Dois a Um

Achei que ontem era domingo, e era. Não sei por que razão Canal Livre não passou, fiquei ligado das 22 horas até mais de 1 hora da madrugada, acho que esqueceram. Talvez tenha passado mais tarde, nunca começa no horário mesmo, ou melhor não há horário apenas um intervalo de horas no qual é grande a chance de começar. Assisti "Dois a Um". Ainda vou descobrir porque todos os grandes programas de entrevista passam depois das 23 horas.

Geraldo Alckmin, aquela simpatia de pessoa, era entrevistado por Ana Waldvogel e uma jornalista convidada. Ana parecia encantada com Alckmin. A outra jornalista era ousadíssima e tratou logo de perguntar sobre o apelido picolé de chuchu do Geraldo.

- Ninguém elege candidato para fazer graça, Um a Zero

Ana empolgada com o governador caiu na besteira de lhe perguntar sobre o desarmamento, ele disse que votava sim, porque o cidadão não devia usar arma de fogo, não está preparado. A Polícia que está. Ana rearrumou os papéis rapidamente, parecia colegial que tinha sido pega pela mãe namorando, tossiu, quase assoviou e disse:

- Nem sempre né governador? Um a um

Não sei se antes ou depois, Ana Waldvogel, ou tonta do choque ou embriagada pela presença do governador lhe perguntou se o PSDB não iria adotar parte do eleitorado de esquerda que tinha ficado órfão!

Geraldo Alckmin quase riu, não quis aceitar tamanha falcatrua, tentou explicar a entrevistadora, balbuciou, ela não entendeu, ele deixou pra lá e marcou Dois a Um.

Até quando vamos ser enganados dessa forma? PSDB nunca teve a desonestidade de se dizer de direita e mesmo assim nós temos a tolice de acreditar, depois de tanta mentira e disfarce da mídia. Me digam quem está órfão? Última eleição: Zé Maria e Rui Pimenta vou nem falar, Lula do PT, partido bolchevique, Ciro do PPS, pós-comunista, popular socialista, Garotinho do PSB um populista social e Serra avisou: sou mais esquerda que Lula!

A direita fica sem pai nem mãe.