domingo, setembro 18, 2005

veja diariamente na terra

Veja Recife, Lala uma poodle de de apenas 2 anos, não possui carteira profissional, não assina ponto, mas vai sempre ao trabalho. Sua dona a empresária Vânia Lúcia Figueiredo, de 40 anos, leva a cadelinha para o escritório todos os dias. "Não confio deixá-la com a empregada". Algumas pessoas acham que isso é uma bobagem de Vânia, mas eu acho que ela está muito correta, ela ama seu cachorro mais que qualquer um e sabe que, por isso, é a pessoa mais indicada para cuidar dele, ser frágil que é.
Duro é saber que muitas mães não tem a coragem de cuidar de seus próprios filhos como a empresária cuida de uma cadela.
Terra, no dia 5 de Setembro a empregada doméstica Anita Maria dos Santos, 48 anos foi presa em flagrante, acusada de misturar água sanitária à mamadeira de uma menina de três meses. Antes de perguntar o que fazia uma criança de três meses tomando mamadeira ao invés de sugar o gostoso peito da mãe eu me pergunto onde estava o peito da mãe? onde estava a mãe dessa menina? Como pode uma mãe ter coragem de abandonar seu prórpio filho, saído das suas entranhas, totalmente necessitado dela, nas mãos de uma empregada que mal conhece? Tratamento que não é digno de um pobre cachorrinho de dois anos, bem amado é algoz de um ser humano com três meses. Entregada a própria sorte, a mãos estranhas! Em uma sociedade onde as mães abandonam os filhos amados dessa forma, o que pensar que os outros não fariam com eles?
Diário de Pernambuco, anteontem, 16 de Setembro, uma menina morre em Jaboatão dos Guararapes. Mãe solteira e pobre, ao contrário da outra, sem dinheiro para empregadas e câmeras. Tem que resolver os problemas da pensão alimentícia. Deixa a menina com a vizinha. A vizinha também tem que sair e deixa com a sogra. A sogra vai ver panelas e coloca a menina, que acabara de comer (nem quero saber o quê), deitada na cama! A menina morre. Está agora no Cemitério da Muribeca. A irresponsabilidade dessa jovem mãe que a fez ter um filho fora da instituição familiar a fez entregar essa vida fora dela própria, da mãe da menina, tudo que a menina tinha.
Duas filhas do feminismo. Das mães modernas, que se libertaram do jugo machista e foram trabalhar - deixando sua filha com empregadas. Que se mostram autônomas e reproduzem idependentemente - tendo que ir choramingar pensão e deixar a filha com a vizinha.
Viva o Feminismo! Morra a Família!
Vivam as mulheres! Morram as meninas!

6 Comments:

At 6:45 PM, Anonymous Anônimo said...

muito infelizmente, estamos todos parados assistindo a destruição da familia. é triste e revoltante ver o que está acontecendo atualmente...

e como a familia é a base da sociedade e está sendo destruida...

é triste

 
At 4:22 PM, Anonymous Anônimo said...

Vejo que você tem tendências para uma sociedade onde o homem trabalha e a mulher cuida dos afazeres domésticos...
Concordo quando você fala que se nem mesmo um cachorro de dois anos (se comparado a um ser humano, teria 14 anos) merece ser deixado aos cuidados de uma empregada, por que deveria ser feito isso a uma criança de 3 meses?
Mas o que também não pode ser esquecido é que nem todos têm a chance e/ou a oportunidade de levar seus filhos para o trabalho. E pobre daquelas mães (não digo pai porque na maioria das vezes, quem fica com a(s) criança(s) após o abandono do parceiro é a mãe) que além de trabalhar em casa ainda têm que trabalhar fora para sustentar seu(s) filho(s).
Talvez a mãe realmente não devesse ter deixado a filha com a vizinha, que por sua vez não deveria ter repassado a tarefa, e assim sucessivamente. Mas talvez a mãe não tivesse outra escolha. Veja o exemplo que você deu, uma empresária. Provavelmente, pelo seu cargo, ela seja uma profissional respeitada dentro da empresa, ou talvez até mesmo trabalhe numa empresa de regras liberais, que permita que seus funcionários levem seus respectivos bichos de estimação para o escritório. Enfim, são situações completamente diferentes. Nenhuma patroa quer ter que ficar escutando choro de filho de empregada ou ter o serviço de sua funcionária defasado porque o filho dela tem que acompanhá-la no trabalho. São duas faces de uma mesma moeda.

 
At 8:09 PM, Anonymous Anônimo said...

O que se discuti aqui não é simplesmente a degradação da família ou a dependência financeira que obriga mulheres a largarem seus filhos ao próprio destino. O debate está na questão dos valores que regem a sociedade. Se por um lado, mulheres (abastadas) são capazes de se preocupar com o bem-estar de cachorros levando-os não apenas ao trabalho, mas a salão de beleza, hotéis p/bichos, hospitais etc, essas mesmas mulheres não são capazes de se ocuparem com os próprios filhos, ou na ausencia dos mesmos, ajudarem uma criança carente, como ao filho de uma empregada.

 
At 12:28 AM, Blogger Luiz Augusto Silva said...

Tem razão, Luca. Aliás, como ela é empresária, deve ser a dona da empresa. Sei que nem todos podem levar seus filhos ao trabalho, por isso a necessidade do pai trabalhar para poder manter a mãe em casa cuidando filho. Quatrocentos, quinhentos, seiscentos, mil, dois mil, vinte mil reais não pagam uma mãe presente e atenta a seu filho. Podemos ver que nas famílias mais pobres ainda existe, freqüentemente, essa consciência. Que falta nas famílias mais ricas, em que a mulher, acostumada a uma vida confortável, não quer abrir mão de um padrão de vida mais alto e de uma carreira profissional por fraldas e mamadeiras. As mais pobres não, ainda se valoriza um pouco os filhos. O que houve, no caso de uma mulher, não foi nem que ela saiu para trabalhar foi que ela saiu para resolver problemas porque o pai da menina não pagava a pensão. E repare bem que eu mostrei dois casos, em uma a mulher era muito pobre, em outro não (o caso da água sanitária); tanto que a mãe teve dinheiro para colocar câmeras e investigar, depois da desconfiança. São dois lados de uma mesma moeda. São mesmo, mas a moeda é uma só, e não vale muito.

 
At 12:32 AM, Blogger Luiz Augusto Silva said...

Acho bom ressaltar, Dona Kyrtis, que os valores que regem a sociedade passam pela família e estão prestes a destruí-la.

Porque chamam ao doce de amargo e ao amargo de doce

 
At 11:02 AM, Blogger simone andrea said...

A mulher tem direito absoluto de ser tão livre quanto o homem e de fazer as mesmas coisas que ele. Pretender obrigar a mulher a se ocupar MAIS dos filhos que o homem, como se ELA tivessa maior responsabilidade, além de machismo grotesco, é contra a lei brasileira. Os fundamentos? Art. 3o., IV, e 5o., "caput" e inc. I da Constituição.
A mulher não tem a mais remota obrigação de abrir mão trabalho e liberdade em prol dos filhos, porque tal sacrifício nunca foi exigido do homem.
O machismo é tão odioso quanto o racismo e o nazi-fascismo.

 

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