segunda-feira, setembro 05, 2005

A Varinha Mágica

Me impressiona a arrogância dos psicólogos. Um grande mal - me lembrando o psiquiatra Heitor de Paola - é os geógrafos, historiadores e principalmente psicólogos e sociólogos se acharem cientistas. E pior do que se acharem cientistas é quererem salvar o mundo com seu curso de graduação! Toda a história esteve errada, toda a família, todos os filósofos, todo o governo! Nós nunca percebemos isso, mas agora devemos pedir socorros a esses esclarecidos para que nos digam como agir. Com sua rigorosa percepeção e aguda inteligência, esses camaradas vão nos tirar da trevas e trazer para a modernidade.
"Palmada, tapinnha ou beliscão, tudo é agressão" dizem os psicólogos que invocam até os direitos humanos para defender a pobre criança dos seus pais malvados que querem castigá-la. A Família é, para a criança, o local onde se cresce e se forma. Os bons atos devem ser encorajados com elogios e afagos, e os maus atos devem ser desencorajados e punidos, por repreensões e palmadas, por ir contra o que é correto e aceitável. Os castigos e prêmios físicos têm especial papel quando a criança é muito pequena, dotada ainda de instinto quase animalesco onde o bem é resumível em carinho, comida e conforto e o mal em dor e desconforto. Associando desde pequena o mau comportamento a dor ao mal e o bom comportamento ao prêmio e ao bem a criança crescerá sadia e honesta.
Há de se mostrar, é lógico, a razão pela qual a criança está sendo punida, para que ela saiba e perceba a justiça. Por isso é bom que castigo seja imediato e precedido por um sermão.
A criança é naturalmente inclinada para o mal e deve-se fustigá-la para adotar o outro caminho. Nota-se que um homem sem educação é uma besta. Os pais servem para tornar a criança um ser social e, por isso, estão em posição superior a ela.
A pior coisa que pode acontecer é o pai discutir com o filho, simplesmente o pai deixa de ser chefe para virar diplomata em missão de paz. Se o filho não danar a cabeça da irmãzinha no tijolo o pai promete lhe dar um chocolate! Se ele ficar quietinho receberá um real! Se fizer isso não vai poder fazer aquilo. Isso mostra a criança que não há o certo e o errado, mas simplesmente escolhas mais ou menos oportunas. Coloca-a em pé de igualdade com o pai e com a mãe, a quem não hesitará em contestar e não cogitará respeitar.
Ao cabo do tempo seu filho certamente não precisará apanhar e o respeitará, não pela força, mas pelo ser que você formou neles. E farão as coisas corretas, não por medo de ser surrados, mas porque sabem bem as distinguir do mal.
O que não faz uso da vara odeia seu filho, mas o que o ama, desde cedo o castiga. [Provérbios 13:24]