Marxética

O Professor Sebastião Campello escreve, no Diário de Pernambuco, artigo de opinião onde tenta convencer as pessoas que o comunismo não aceita a moral. Infelizmente uma idéia tão óbvia ainda faz os eu defensor precisar de coragem para defendê-la.

Segundo o socialismo a propriedade é um roubo, logo tomá-la de volta seria legítimo. O ódio pregado por toda uma classe de pessoas e o desejo de chegar ao poder para destruí-la também não são sentimentos muito legais, eticamente falando.

"O Estado é a 'organização política da classe dominante que tem por fim salvaguardar o regime economicamente existente e reprimir a resistência das outras classes'. Note-se que nesta definição tanto se apresenta o que é o Estado burguês, quanto o que vai ser o Estado proletário: dessa forma agem sutilmente os defensores do status quo e, violentamente, a vanguarda proletária.

Mostra-nos o eminente professor que se sustenta tão somente em miopia intelectual ou em covarde amnésia a surpresa pelo esquema de corrupção que se nos revelou. "A ética é tudo aquilo que favorece o partido", já dizia o Socialista. Quem viu as atrocidades dos comunistas, quem os viu roubar, matar, seqüestrar, soltar bomba, quem os viu roubar a bandeira da democracia e defender a liberdade como se seu desejo fosse, não tem o direito de se fingir surpreso frente ao que vemos hoje.

O pensamento comunista rejeita tudo aquilo que a decência guarda, protege tudo que ela lança fora. O horror comunista a Deus - "o comunismo é necessariamente ateu e hostil às religiões" - é fundamental, pois representa o absoluto e o atemporal daquilo que é pedra no seu caminho: a moral.

Quando a idéia de Deus vai se diluindo, quando vislumbramos que a diferença entre nós e as minhocas é questão de tempo e oportunidade, onde estamos? O que é certo e o que é errado, aonde vamos? Os valores nada mais serão do que entraves a "saudável dominação dos mais fortes", e poderemos tudo, seremos super! Acabaremos com a História! Teremos liberdade! "Se não há Deus, tudo é possível".